A saúde capilar é uma preocupação constante para muitas pessoas, já que os cabelos desempenham um papel significativo na autoestima e na identidade pessoal. Uma das condições que pode afetar negativamente a saúde dos cabelos é a alopecia, e dentro desse espectro, a alopecia androgenética se destaca como uma condição particularmente desafiadora e intrigante. Convidamos a dermatologista e tricologista Dra. Juliana Farias para nos responder algumas perguntas e dar dicas sobre o tema:
Tangle Tezeer: O que é Alopecia Androgenética?
Dra. Juliana Farias: A alopecia androgenética, também conhecida como a Calvície, é uma forma comum de perda da densidade capilar que afeta homens e mulheres. É caracterizada pela miniaturização progressiva dos folículos pilosos, resultando em cabelos mais finos e curtos, até que eventualmente cessam completamente o crescimento capilar em certas áreas do couro cabeludo. Essa condição é influenciada por fatores genéticos e hormonais.
TT: Quais os fatores de risco e causas?
DJF: Embora a alopecia androgenética tenha uma forte ligação com fatores genéticos, outros elementos desempenham um papel importante no seu desenvolvimento. Dentre eles, destacam-se:
Hormônios: A presença de hormônios masculinos, como a di-hidrotestosterona (DHT), é um dos principais desencadeadores da alopecia androgenética. Esses hormônios podem afetar a sensibilidade dos folículos capilares, levando à sua miniaturização progressiva.
Genética: A herança genética desempenha um papel crucial na alopecia androgenética. Padrões de perda de cabelo podem ser transmitidos de geração em geração, tornando certos indivíduos mais suscetíveis à condição.
Idade: Embora a alopecia androgenética possa se manifestar em qualquer idade, antigamente era mais comum em pessoas após os 50 anos, hoje realizamos diagnósticos cada vez mais cedo, até adolescentes.
Estresse: Embora não seja uma causa direta, o estresse crônico pode desempenhar um papel no agravamento da alopecia androgenética, pois pode desencadear alterações hormonais que afetam os folículos capilares.
TT: Quais são os sintomas?
DJF: Os sintomas da alopecia androgenética geralmente incluem afinamento progressivo do cabelo, recuo da linha do cabelo na região frontal e coroa do couro cabeludo. O diagnóstico é geralmente feito com base na história clínica do paciente, no exame clínico com tricoscopia (aparelho que utilizamos para analisar o couro cabeludo). Em alguns casos, solicitamos exames adicionais, como exames laboratoriais, principalmente quando há queda capilar associada.
TT: Nos fale um pouco sobre o tratamento
DJF: Embora a alopecia androgenética não tenha cura definitiva, existem várias opções de tratamento disponíveis para ajudar a retardar a progressão da condição e estimular o crescimento capilar. Estes incluem:
Medicamentos orais: como Minoxidil, finasterida e ditasterida são medicamentos aprovados pela FDA que têm demonstrado eficácia no tratamento da alopecia androgenética. O minoxidil é um vasodilatador que pode estimular o crescimento capilar, enquanto a finasterida e a dutasterida atuam inibindo a produção de DHT.
Tratamentos injetáveis: como microagulhamento capilar, terapia regenerativa, toxina botulínica e exossomos.
Terapia a Laser: A terapia a laser de baixa intensidade tem sido utilizada como uma abordagem não invasiva para estimular o crescimento capilar em pessoas com alopecia androgenética.
Transplante Capilar: Neste procedimento, os folículos capilares saudáveis são transplantados para áreas afetadas pela calvície no couro cabeludo.
Estilo de Vida Saudável: Manter um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta balanceada, exercícios regulares e gerenciamento do estresse, pode ajudar a manter a saúde geral do cabelo e reduzir a progressão da alopecia androgenética.
“A alopecia androgenética é uma condição comum que pode ter um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas afetadas. Embora não haja uma cura definitiva, os avanços no tratamento e manejo da condição oferecem esperança para aqueles que lutam contra a perda de cabelo. Com uma abordagem multidisciplinar que inclui medicamentos, terapias não invasivas e mudanças no estilo de vida, é possível controlar a progressão da alopecia androgenética e restaurar a confiança e o bem-estar dos pacientes”, finaliza a Dra. Juliana.
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Dra. Juliana Farias é médica dermatologista e tricologista.